CARACTERIZAÇÃO DE CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA NO PIAUÍ DE 2012 A 2017

Caroline Milanez Paixão, Luiza Alves da Silva, Bárbara Cavalcante Gomes, Grazielly Sobreira Marinho, Elias Paulo da Silva, Augusto Cesar Antunes de Araujo Filho

Resumo


Introdução: A sífilis congênita se dá pela disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante infectada, que por sua vez, não tratou ou tratou inadequadamente, passando para o feto, por via transplacentária ou no parto. A sífilis congênita, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um dos mais preocupantes desfechos adversos preveníveis da gestação. Apesar de poder ser evitada com ações básicas e rotineiras, seu controle ainda é desafio para muitos países, inclusive para o Brasil. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico de sífilis congênita no estado do Piauí no período de 2012 a 2017. Método: Estudo epidemiológico, descritivo, quantitativo, utilizando dados da plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), os quais estão disponíveis online e gratuitamente. Resultados: Os resultados obtidos apontam um número total de 1.719 casos confirmados de sífilis congênita notificados no Piauí no período de 2012 a 2017. Observou-se um aumento do número de casos confirmados de sífilis congênita nos anos investigados, tendo em vista que em 2012 foram 95 (5,5%) casos e, em 2017, 443 (25,8%). Houve predomínio dos casos em filhos de mães com menos de oito anos de escolaridade, 912 (53,1%). Verificou-se, ainda, que a maioria das mães realizou pré-natal, 1.427 (83,0%). Dos casos, 35 (2,0%) evoluíram para óbito. Conclusão: Evidencia-se, com os dados deste estudo, que a sífilis congênita encontra-se, ainda, fora de controle no Piauí, tendo em vista o aumento do número de casos no período analisado. Portanto, destaca-se a necessidade de capacitar os profissionais de saúde e, consequentemente, qualificar a assistência pré-natal, a fim de promover o diagnóstico e o tratamento adequado em tempo hábil. Além disso, torna-se fundamental o desenvolvimento de ações de educação em saúde que oportunizem a informação quanto às formas de prevenção, transmissão e de tratamento.

Palavras chave: Sífilis Congênita. Epidemiologia. Sistemas de Informação.

 


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