Todos os conteúdos necessitam de uma base teórica, denominados conceitos. Os conceitos nos transportam pela vida sejam: científicos, intelectuais, filosóficos, calculistas ou de outros parâmetros. Estes nos revelam a verdadeira base da descoberta do saber, estimulando a curiosidade de aprender. Os conceitos passam a desenvolver a parte cognitiva do ser levando este a desenvolver intelecto, raciocínio, a dedução, a memória, proporcionando a construção do conhecimento.

Professor Mestre em História pela UFMS. Concursado nas Redes Municipal e Estadual de Educação em Naviraí MS, com 24 anos de experiência no Ensino Superior, nas áreas humanas. Membro do Conselho Municipal de Educação de Naviraí, por vários mandatos e do Conselho do FUNDEB. Diretor de Escola Pública por onze anos e de Secretário de Educação do Município de Naviraí por três anos. Coordenador Pedagógico da área de História na Secretaria Municipal de Educação de Naviraí.

Os conteúdos procedimentais resumem-se em colocar em prática conhecimento que adquirimos com os conteúdos conceituais. Seja em forma de maquete utilizando-se de escala, reprodução de um ambiente visitado, ou uma letra de música transformada em paródia. Toda produção ou reprodução é determinado pelos conteúdos procedimentais. Como antes citado primeiramente conceito do assunto posteriormente fazer, e para fazer é preciso procedimentos corretos para resultado esperado.

Através de pesquisas e estudos podemos perceber que os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais estão veiculados com os quatro pilares da educação. Os quatro pilares da educação compõem-se dos seguintes saberes: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.

Necessidade da existência de espaços de participação no interior da escola, para que os segmentos escolares possam exercitar a prática democrática. Dentre esses espaços, Conselho Escolar se destaca, dado que sua participação está ligada, prioritariamente, à essência do trabalho escolar, isto é, ao desenvolvimento da prática educativa, em que processo ensino aprendizagem é sua focalização principal, sua tarefa mais importante. Nesse sentido, sua função é, fundamentalmente, político-pedagógica (Programa de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, 2004, p.10).

Para que haja uma gestão democrática na escola é fundamental a existência de espaços propícios para que novas relações sociais entre os diversos segmentos escolares possam acontecer. Inclusive, para BOBBIO (1992): Quando se quer saber se houve um desenvolvimento da democracia num dado país, certo é procurar saber se aumentou não número dos que têm direito de participar das decisões que lhes dizem respeito, mas os espaços nos quais podem exercer esse direito.

Na atualidade, muitas escolas brasileiras, acentuam de forma positiva que a presença dos Conselhos Escolares em muito tem contribuído para aprimorar a gestão democrática como espaço de decisão e deliberação das questões pedagógicas, administrativas, financeiras e políticas da escola. Dessa forma, Conselho Escolar se torna um aliado na luta pelo fortalecimento da unidade escolar e na democratização das relações de ensino.

Dentro do Projeto Político Pedagógico é necessário que Conselho Escolar seja um componente que se prima em três setores: cidadania, participação e democracia. Para SILVA (1998) a cidadania expressa: Um conjunto de direitos que dá à pessoa o que fazer da vida a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social.

acompanhamento responsável da prática educativa que se desenvolve na escola, cabe refletir, também, sobre as dimensões e os aspectos que necessitam ser avaliados, ao se construir uma escola cidadã e de qualidade. De forma global, percebe-se que não basta avaliar desempenho do aluno de forma solta, isto é, descontextualizada. (Programa de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, 2004, p.13).

Nesse contexto, papel do Conselho Escolar é de ser órgão consultivo, deliberativo e de mobilização mais importante do processo de gestão democrática, não como instrumento de controle externo, como eventualmente ocorre, mas como um parceiro de todas as atividades que se desenvolvem no interior da escola.

Os conteúdos procedimentais também são de caráter profissionalizante, onde se visa que aluno compreenda ofício de determinadas profissões, auxiliando no processo da escolha profissional no futuro, desenvolvendo todas as habilidades anteriormente citadas; trabalhando a memória, intelecto, a dedução, habilidades motoras, e outras especificidades.

E como pode ser notado, nenhum conhecimento se faz por si só, todos possuem sua base, assim como aprender a conhecer é base do aprender a fazer, aprender a fazer também torna-se base de aprender a viver juntos, pois existem projetos, processos e procedimentos que não poderão ser feitos ou produzidos por um único ser. Para que um livro seja publicado é preciso que haja um escritor, alguém que revise, alguém que publique; para que um edifício se erga é necessário um engenheiro, um técnico, pedreiros, serventes e outras especificidades, ou seja, um conjunto.

Todos os conteúdos estão veiculados aos quatro pilares da educação, uma vez que estes não podem ser indissociados um do outro. Podemos trabalhar todos eles de maneira a compreender como funcionam, e posteriormente incluí-los em definitivos aos nossos saberes.

Os Conselhos Escolares, ao assumirem a função de estimular e desencadear uma contínua realização e a avaliação do Projeto Político-Pedagógico das unidades de ensino, acompanhando e interferindo nas estratégias de ação, contribuem decisivamente para a criação de um novo cotidiano escolar onde a comunidade se identifica no enfrentamento, não só nos desafios imediatos, mas, dos graves problemas sociais vividos na realidade brasileira.