Avaliação de eventos clínicos adversos decorrentes de interações medicamentosas em uma unidade de terapia intensiva de um hospital universitário

Valdemir Cordeiro de Paula, Rafaella Rodrigues Barreto, Eliane Jucielly Vasconcelos Santos, André Santos da Silva, Maria Bernadete de Sousa Maia

Resumo


Objetivo: Avaliar os eventos clínicos adversos (ECA) decorrentes das interações medicamentosas (IM) em pacientes portadores ou não de nefropatias ou hepatopatias internados em uma unidade de terapia intensiva de um Hospital Universitário. Material e Métodos: O estudo foi observacional, prospectivo com análise qualitativa e quantitativa. Utilizou-se prescrições e prontuários de pacientes em uso de dois ou mais fármacos, bem como o software DrugReax® para identificação e classificação das IM e ECA. Resultados: Dos 200 indivíduos, 35 (17,5%) foram classificados no grupo de pacientes hepatopátas, 68 (34%) nefropatas e 97 (48,5%) sem hepatopatias ou nefropatias (SHN). Os grupos apresentaram média de idade superior a 60 anos e tempo de internação maior que 20 dias. Identificaram-se 449 IM, destas, mais de 75% do tipo droga-droga, cuja maior ocorrência foi 289 (64,4%) no grupo SHN. Observou-se 79 ECA, cuja depressão respiratória e a hipo ou hiperglicemia foram os mais frequentes. A quantidade de medicamentos prescritos e ação no CYP450, bem como o tempo de internamento e o índice de comorbidade de Charlson, foram as variáveis com maior ocorrência de ECA nas IM. Conclusões: As características farmacológicas e clínicas demonstram contribuir para delinear um perfil de paciente mais susceptível a ECA resultante das IM.

Palavras-chave


Farmacoepidemiologia; Farmacoterapia; Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos; Monitoramento de Medicamentos.

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