A IDEOLOGIA DO SOLDADO-CIDADÃO NAS ESCOLAS BRASILEIRAS: OLAVO BILAC E A LIGA DE DEFESA NACIONAL (1916)

Dalvit Greiner de Paula

Resumo


Este artigo pretende fazer uma leitura de uma obra cívica de Olavo Bilac à luz de Nicolau Maquiavel, naquilo que Maquiavel se propõe a convencer o Príncipe da necessidade do amor e da fidelidade de seus súditos para a defesa da liberdade e do território. Propomos essa leitura na área da História da Educação – Cultura e Práticas Escolares, na medida em que um dos papeis centrais da educação é a coesão social e a maioria dos discursos no início do século XX preocupava-se com um esgarçamento do tecido social e moral da sociedade brasileira. Para isso faremos uma leitura comparativa das intenções pedagógicas do poeta Olavo Bilac, o Príncipe dos Poetas e inspetor de educação pública no Distrito Federal, que em sua campanha cívica deixa explicita a necessidade do soldado-cidadão tido como o primeiro e principal defensor da República. Porém, ao contrário de Maquiavel que vê na figura do soldado-cidadão um defensor da liberdade numa República, Bilac, através de seus discursos voltados a estudantes – adolescentes ou jovens, civis ou militares – vê na figura do soldado-cidadão a possibilidade de, além da defesa da ordem, limpar, educar e civilizar os homens da nascente República brasileira através de uma educação militar seja pela via do escotismo ou da caserna. Para atingir o nosso objetivo analisaremos alguns discursos do livro A Defesa Nacional (1917) que faz a propaganda da Liga de Defesa Nacional e traça um programa cívico-pedagógico para a construção deste homem novo para uma República nascente.

Palavras-chave: Educação. Cidadão. Soldado. Olavo Bilac. Liga de Defesa Nacional.


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DOI: https://doi.org/10.26694/les.v1i2.6091

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