Tradição, Tomismo e Teísmo na Filosofia Moral de Alasdair MacIntyre

Isabel Cristina Rocha Hipólito Gonçalves

Resumo


Alasdair MacIntyre ao realizar uma série de críticas à moralidade e filosofia moral modernas e contemporâneas defende a tese de que o desacordo moral e a ausência de justificação racional para a moralidade é fruto do abandono do elemento teleológico da ética, especialmente do abandono da ética aristotélica, o que o leva a propor a retomada da ética teleológica de Aristóteles. Essa retomada é justificada com a teoria da racionalidade das tradições, por meio da afirmação de que o modo tradicional de investigação é o melhor e que a tradição aristotélico-tomista corresponde a uma tradição moral superior às suas rivais. Com sua adesão a essa tradição MacIntyre vai apontar Tomás de Aquino como o teórico que conseguiu reunir todas as características do modo tradicional de investigação moral, integrando a tradição aristotélica e a agostiniana, o que fez com que o próprio MacIntyre se aproximasse e se apropriasse cada vez de elementos fundamentais do Tomismo. O Tomismo de MacIntyre, por sua vez, sofre uma série de críticas e objeções, especialmente em relação às tensões que se estabelecem no interior do pensamento do autor, que em After Virtue prometia um pensamento secular e pragmático. Este trabalho tratará dessa tensão e de algumas críticas direcionadas ao Tomismo de MacIntyre.


Palavras-chave


Alasdair MacIntyre, Tradição, Tomismo, Teísmo

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DOI: https://doi.org/10.26694/pensando.v9i18.6390

DOI (PDF): https://doi.org/10.26694/pensando.v9i18.6390.g5068

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