06. O livro como coleção: bibliografia, edição, encadernação e literatura na França do século XIX

Ana Utsch

Resumo


O aumento vertiginoso da produção editorial francesa do séc. XIX – com suas diferentes transformações técnicas e mercadológicas – motivou o aparecimento de novas práticas de produção, difusão e apropriação do livro. Neste contexto, no qual a materialidade do impresso ganha uma dimensão inédita, o livro se transforma em uma coleção de objetos variados fundada na sobreposição e na justaposição de elementos textuais e visuais extremamente diversos: gravuras, autógrafos, cartas, cores, encadernações, textos, etc. Para apresentar a maneira como esta justaposição ganha realidade material e social, aproximaremos as práticas partilhadas por dois universos de produção e apropriação do livro tradicionalmente opostos: de um lado a “edição industrial”, que ergue as bases para o grande capitalismo editorial, e, de outro, a bibliofilia, que formaliza, no mesmo período, e textualmente, as novas regras para o jogo da coleção de livros.

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DOI: https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.4220154161

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