GÊNERO TEXTUAL TIRINHA: O USO EM SALA DE AULA

Ariadna R. Probo Amaral, Elizandra D. Brandão Clímaco

Resumo


 Este trabalho propõe-se a uma análise do gênero tirinha em sala de aula, verificando até que ponto ela pode contribuir para a constituição de leitores críticos e reflexivos. Este estudo resulta de uma pesquisa realizada em Teresina–PI, em uma escola pública, no bairro Renascença, com 64 alunos do 8º ano do Ensino Fundamental, durante os meses de abril e maio de 2014. A escolha desse gênero deu-se por ser um texto que comunica uma quantidade significativa de informações com poucos signos verbais, conjugados com signos imagéticos, ou seja, são textos multimodais. O fato de ser um texto curto, mas denso de informações, pareceu pertinente no contexto de uma investigação direcionada ao perfil de leitores-reflexivos, a partir dos doutrinadores no assunto como Marcuschi (2008) e Ramos (2011). Na atividade desenvolvida, os alunos foram orientados a realizar diversas leituras, a fim de configurar o grau de compreensão e criticidade ao lerem esse gênero, bastante comum nos livros didáticos. Foram propostas discussões e exposição sobre o gênero tirinha, culminando com a produção textual. Na sala de aula, a tirinha é um recurso bastante eficaz, pela sua característica humorística e por ser construído de diálogos que lembram as interlocuções possíveis no dia a dia (possibilitando um olhar entre as relações de oralidade-escritura) e por ter histórias curtas, que não solicitarão do aluno um tempo maior para fazer a leitura, promovendo um maior interesse por parte dele, ao mesmo tempo em que trabalha a linguagem de forma geral, identificando a relação de significado comum entre a imagem e o texto, conseguindo reconhecer, identificar e produzir o gênero textual estudado, assim como assimilar o senso crítico abordado.


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