AS PRÁTICAS DE ORALIDADE E DE LETRAMENTO VIABILIZADAS PELOS GÊNEROS DISCURSIVOS: UM ESTUDO ETNOGRÁFICO

Resumo

RESUMO: A escola tem como papel fundamental favorecer a ampliação das possibilidades comunicativas dos alunos, tornando-os leitores e produtores de textos efetivos de diferentes gêneros, sejam eles orais, escritos ou multimodais. Acreditamos que a prática pedagógica dos professores de Língua Portuguesa adquire importância fundamental no sentido de que pode facilitar a ampliação dessas possibilidades pelos alunos e capacitá-los para a aquisição de novas habilidades linguísticas. A partir desse entendimento, o nosso objetivo consistiu em analisar como se desenvolve o trabalho com a oralidade e o letramento como práticas sociais viabilizadas pelos gêneros discursivos nas aulas de Língua Portuguesa do Ensino Médio numa escola pública do município de Campo Maior-Pi. Para tanto, fundamentamo-nos em autores como: Bakhtin (2003), Bortoni-Ricardo (2004, 2005), Costa (2012), Faraco (2009), Kleiman (2005), Miller (2009), Marcushi (2000, 2008), Rojo (2009, 2012), dentre outros. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, de abordagem etnográfica. Dentre outros resultados, percebemos que as atividades propostas em sala de aula ainda privilegiam a produção dos gêneros escritos em detrimento dos orais. O trabalho com os gêneros orais não é considerado como uma prática de linguagem efetiva na sala de aula, ocorre esporadicamente, pois não é um saber exigido sistematicamente pela cultura escolar.