SIGNIFICAÇÕES DE COORDENADORES PEDAGÓGICOS ACERCA DA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES: análise a partir da Psicologia Sócio-Histórica

Cristiane de Sousa Moura Teixeira

Resumo


Neste artigo, discutimos as significações produzidas por coordenadores pedagógicos acerca da formação contínua de professores, considerando que no atual momento histórico essa é a atividade principal a ser desenvolvida por estes profissionais na escola. Para isto, fundamentamo-nos na Psicologia Sócio-Histórica, sobretudo, nas ideias de Vigotski (2007, 2009, 2010) sobre significado e sentido, considerando ainda as categorias mediação e historicidade. Os dados aqui analisados foram produzidos em sessão reflexiva realizada com três coordenadoras pedagógicas que trabalham em diferentes escolas públicas. Os dados produzidos foram analisados por meio do procedimento denominado Núcleos de significação (AGUIAR; OZELLA, 2013), o qual possibilita apreender o sujeito por meio das significações que são produzidas por ele. A análise dos dados evidenciou que as significações em processo de desenvolvimento acerca da formação contínua são mediadas por perspectivas de formação centradas sobretudo nas dimensões técnicas e práticas, as quais não concebem coordenadores pedagógicos e professores como seres multideterminados. Revelam ainda a necessidade de investir em processos formativos que evidenciem as contradições sociais, econômicas e políticas que determinam as relações sociais.


Texto completo:

PDF

Referências


AGUIAR, W. M. J. et.al. Reflexões sobre sentido e significado. In: BOCK, A. M. B.; GONÇALVES, M. das G. M. A dimensão subjetiva da realidade. São Paulo: Cortez, 2009, p. 54 - 72.

AGUIAR, W. M. J.; OZELLA, S. Apreensão dos sentidos: aprimorando a proposta dos núcleos de significação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v. 94, n. 236, p. 299-322, jan./abr. 2013.

ALMEIDA, L. R. de; PLACCO, V. M. N de S.; SOUZA, V. L. T. de. O coordenador

pedagógico e a formação de professores: intenções, tensões e contradições. Relatório de pesquisa desenvolvido pela Fundação Carlos Chagas por encomenda da Fundação Victor Civita. Junho, 2011

ANDRÉ, M.; DIAS, H. N. O coordenador pedagógico e a formação de professores para a diversidade. In: ALMEIDA, L. R.; PLACCO, V. M. N. de S. (Orgs.). O coordenador pedagógico e o atendimento à diversidade. São Paulo: Loyola, 2010, p. 63-76.

CANDAU, V. M. Formação continuada de professores: tendências atuais. In: CANDAU, V. M. (Org.). Magistério: construção cotidiana. Petrópolis: Vozes, 1997.

CHRISTOV, L. H. da S. Educação continuada: função essencial do coordenador pedagógico. In: GUIMARÃES, A. A. et.al. O coordenador pedagógico e a educação continuada. São Paulo: Loyola, 2002, p. 9 - 12.

DAVIS, C . L. F.; NUNES, M. M. R.; ALMEIDA, D. C. A. de. Formação continuada de professores: uma análise das modalidades e das práticas em Estados e Municípios brasileiros. Relatório Final. Pesquisa desenvolvida pela Fundação Carlos Chagas por encomenda da Fundação Victor Civita. Junho, 2011.

ESTEVES, Manuela; RODRIGUES, Ângela. A análise de necessidades na formação de professores. Porto: Porto Editora, 1993.

LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2004, p. 73 – 94.

LIBERALI , F. C. Formação crítica de educadores: questões fundamentais. São Paulo: Pontes Editores, 2010.

LUCÁKS, G. Ontologia do ser social. Os princípios ontológicos fundamentais de Marx. São Paulo: Ciências Humanas, 1979.

MARIN, A. J. Educação continuada: introdução a uma análise de termos e concepções. Caderno CEDES, n. 36. Campinas: UNICAMP, 1995.

MARX, K. ENGELS, F. A ideologia Alemã. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2006.

MONTI, Ednardo Monteiro Gonzaga do. Afetividades e (auto) censura na escrita autobiográfica da pianista Magdalena Tagliaferro. REVISTA ELETRÔNICA DOCUMENTO/MONUMENTO, v. 1, p. 72-83, 2018.

MONTI, Ednardo Monteiro Gonzaga do. Polifonias Políticas, Identitárias e Pedagógicas: Villa-Lobos no Instituto de Educação do Rio de Janeiro na Era Vargas. 2015, 262 p. Tese (Doutorado em Educação). UERJ, Rio de Janeiro, 2015.

NOGUEIRA, M. G. Supervisão Educacional: a questão política. São Paulo: Loyola, 2000.

NÓVOA , A. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, Antônio (Coord.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995, p. 15-34.

SAVIANI, D. Sobre a natureza e especificidade da educação. Revista Em aberto, Brasília, ano 3, n. 22, jul./ago. 1984.

SMYTH, J. Teacherswork and the politics of reflection. In: América Educational Researche Journal. V. 29, nº 2, 1992.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis – RJ: Vozes, 2002.

VIGOTSKI, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

_________. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

_________. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.




DOI: https://doi.org/10.26694/caedu.v2i1.10553

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 2675-1496

BASES E INDEXADORES

LATINDEX https://latindex.org/latindex/ficha?folio=29358

SUMÁRIOS https://www.sumarios.org/revista/caminhos-da-educação

CROSSREF https://www.crossref.org/ 

FLACSO https://www.flacso.org.ar/latinrev/

CNEN http://www.cnen.gov.br/centro-de-informacoes-nucleares/livre

ORCID http://www.orcid.org

ABEC Brasil https://www.abecbrasil.org.br

GOOGLE ACADÊMICO https://scholar.google.com.br/citations?hl=pt-BR&authuser=2&user=xO14s_4AAAAJ