“Reinão as moléstias endemicas”: a incidência de febres nas regiões beiradeiras de Teresina (1852-1900)

Danielle Filgueiras Santos, Joseanne Zingleara Soares Marinho

Resumo


O presente artigo visa analisar a ocorrência de febres endêmicas e epidêmicas em Teresina, capital do Piauí, considerando a vinculação dos surtos dessas moléstias com a presença do rio Parnaíba, e dos espaços líquidos decorrentes dele, entre 1852 e 1900. No século XIX, acreditava-se que as febres eram decorrentes das substâncias emitidas pelas matérias orgânicas em processo de decomposição, ou seja, os miasmas. Assim, os terrenos alagadiços, pantanosos
e com presença de cursos fluviais, no caso de Teresina, o rio Parnaíba, juntamente com os espaços líquidos que se formavam em suas margens, foram
considerados insalubres e impróprios para moradia devido à propensão para o surgimento e disseminação dessas doenças. As fontes primárias consistem
majoritariamente em relatórios de governo, de 1850 a 1889, e textos de médicos dos anos de 1874 e 1878, publicados em diferentes espaços. Como embasamento teórico e historiográfico, foram utilizados autores como Ana Karoline Nery (2021b), Joseanne Marinho (2018), Maria Mafalda Araújo (2010),
Jaques Revel e Jean Pierre Peter (1995) e Dilene do Nascimento (2005). A ausência de uma infraestrutura sólida de saúde pública e as condições precárias
em que vivia a maior parte da população tornavam ainda mais desafiador o enfrentamento dos episódios de febres na capital piauiense.


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