MIGRANTES RUMO À FÁBRICA: FORÇA DE TRABALHO CAMPONESA NA INDUSTRIALIZAÇÃO DO BABAÇU NO PIAUÍ (1940 -1970)
Resumo
O presente artigo procura analisar a utilização da força de trabalho camponês na industrialização do babaçu no Piauí entre as décadas de 1940 a 1970. Em tal período de análise, os deslocamentos das famílias camponesas pesquisadas estavam condicionados ao desejo por melhores condições de vida a partir do trabalho fabril. As experiências de migração foram construídas a partir das redes de contatos e sociabilidades na expectativa do trabalho na fábrica GECOSA (Indústrias Reunidas Gervásio Costa S/A), situada na região de Novo Nilo (PI), às margens do rio Parnaíba. O cotidiano da fábrica foi marcado pela rotina exaustiva de trabalho dos camponeses-operários, que dominavam a linha de produção, sem perder de vista seus vínculos tradicionais com a terra e a agricultura. Para a construção do presente estudo foi utilizada a metodologia da História Oral através da análises de entrevistas realizadas com camponeses que participaram ativamente do processo histórico em tela. Utilizamos também documentos oficiais da GECOSA, dentre outros fragmentos do passado, com objetivo de analisar as experiências camponesas no mundo rural do Piauí, mais especificamente no povoado Novo Nilo (PI).
Palavras-chave: Mundo rural; Trabalho; Migração; Camponeses; Piauí.
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