ENTRE O EXISTIR E O RESISTIR: A ESCRAVIDÃO AFRICANA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA (PNLD, 2018)

Nádia Narcisa de Brito Santos, José Petrúcio de Farias Junior

Resumo


O nosso objeto e documento de pesquisa foi o livro didático, no qual analisamos o lugar da resistência escrava durante o período colonial e imperial nas duas coletâneas mais adotadas no Brasil para o componente curricular de História, aprovadas para o triênio 2018-2020. Nas obras didáticas, analisamos textos, imagens, atividades, manual do professor e suas seções a partir da epistemologia decolonial de Maldonado-Torres (2018), Mignolo (2014) e Quijano (2000), os quais problematizam o colonialismo e a colonialidade pela tríade poder, ser e saber. Os materiais em análise destacam formas de resistência escrava, como a participação e/ou organização de revoltas, a prática de religiões de matriz africana e a formação de quilombos, demonstrando que, nos tópicos sobre a escravidão, as coletâneas evidenciam que os sujeitos afrodiaspóricos não aceitaram passivamente o colonialismo, resistindo e lutando contra a imposição da escravidão no Brasil, com o intuito de angariar a liberdade. Todavia, os livros didáticos, conquanto registram formas de resistência dos negros, exprimem-nas de maneira superficial e reducionista, o que não contribui para explicitar o protagonismo dos sujeitos afrodiaspóricos em circunstâncias de violência e opressão.

Palavras-chave: História; Livros didáticos de História; Escravidão; Resistência.


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