“O Buraco de Otília”, um sucesso do teatro de revista pernambucano

Leidson Malan Monteiro de Castro Ferraz

Resumo


Em janeiro de 1958 estreou no Teatro de Santa Isabel, a mais importante casa de espetáculos do Recife, a revista carnavalesca O Buraco de Otília, realização da Companhia Portátil de Revistas Valença Filho, reunindo 60 artistas profissionais do meio local, entre atores, vedetes, coristas, dançarinos populares, cantores e orquestra. Inicialmente enfrentando a resistência de cronistas teatrais contrários à ocupação daquele gênero de teatro musicado, cômico e popular em palco tão imponente, a revista O Buraco de Otília – cujo título, de inegável sabor picante à primeira vista, prestava homenagem a um famoso restaurante regional – transformou-se num verdadeiro sucesso da história revisteira pernambucana, completando quase dois meses em cartaz (muito para a época), com elogios até de seus detratores e dando o pontapé para outras produções da equipe. A partir de fontes jornalísticas, este artigo mapeia a repercussão causada pelo espetáculo, ao mesmo tempo em que delineia características da montagem travando um diálogo com as reflexões de pesquisadores voltados ao teatro de revista, inclusive sobre aqueles anos de derrocada do gênero junto à plateia carioca, tudo no intuito de lançar luz a uma produção teatral do Recife hoje completamente esquecida.
Palavras-chave: Teatro de revista; História; Recife; Teatro pernambucano.


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