Mulheres e migração internacional: vivências de agricultoras familiares de Itapuranga-GO

Flávia Sousa Oliveira

Resumo


A princípio os fluxos emigratórios de agricultores familiares de Itapuranga/GO para o exterior eram compostos basicamente por uma população masculina. Esse cenário trouxe impactos diretos e indiretos sobre a unidade familiar e também sobre as mulheres que permaneceram nas propriedades rurais. O objetivo principal deste artigo é analisar as migrações internacionais enquanto uma experiência vivida pelas mulheres rurais que permanecem no local de origem esperando pelos migrantes, buscando compreender os reflexos que essas migrações ocasionam em suas vidas. A amostra da pesquisa é composta por mulheres mães, esposas e filhas, residentes na área rural do município de Itapuranga, cujos filhos, maridos e pais emigraram ou que tenham vivido a ausência devido a migração internacional. Os dados foram coletados, em março de 2014, por meio de entrevistas com as famílias envolvidas nas migrações. Conclui-se que a migrações internacionais impactaram diretamente na vida das mulheres rurais de Itapuranga, que além do espaço doméstico passaram a ocupar também os espaços públicos, adquirindo novas funções para além dos cuidados com a casa e os filhos. Essas viram suas identidades e arranjos familiares sendo reconfigurados, tornando-se chefes de família, pai e mãe dos filhos (as), além de gestora dos recursos financeiros da família.

Palavras-chave: Migração internacional. Agricultura familiar. Gênero.


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