Avaliação da toxicidade, citotoxicidade, mutagenicidade e genotoxicidade da dipirona e do paracetamol em células meristemáticas de raízes de Allium cepa
Resumo
No Brasil, cerca de oitenta milhões de pessoas praticam a automedicação. Dentre os fármacos mais utilizados estão a dipirona cujo uso está associado a discrasias sanguíneas e o paracetamol, que apresenta potencial hepatotóxico. Devido ao risco do uso indiscriminado, é necessária a aplicação de testes laboratoriais que possam acessar os possíveis danos relacionados a estes medicamentos. Neste sentido, o presente estudo avaliou a toxicidade, citotoxicidade, mutagenicidade e genotoxicidade da dipirona e do paracetamol através dos ensaios Allium cepa, Cometa e Letalidade com Artemia salina. A concentração letal 50% obtida pela dipirona foi de 962,98 e 186,65 µg/mL; e pelo paracetamol, 298,34 e de 172,42 µg/mL após 24 e 48 horas de exposição, respectivamente. Obteve-se uma diminuição do índice mitótico nas concentrações de 250 e 500µg/mL de dipirona e em todas as concentrações de paracetamol. Associado a isso, observou-se aumento de aberrações cromossômicas na concentração 125 µg/mL de dipirona e 125 e 250 µg/mL de paracetamol. Em relação à frequência de danos, houve um aumento do dano nas concentrações 250 e 500 µg/mL para a dipirona e 500 µg/mL para o paracetamol. Para os índices de danos, ocorreu aumento em todas as concentrações de dipirona e paracetamol. Diante do exposto, os resultados sugerem que esses dois fármacos apresentaram indícios de toxicidade, citotoxicidade, mutagenicidade e genotoxicidade.
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