Avaliação da toxicidade, citotoxicidade, mutagenicidade e genotoxicidade da dipirona e do paracetamol em células meristemáticas de raízes de Allium cepa

Stefhânia Coelho do Rego, Ana Maria Oliveira Ferreira da Mata, Mayara Samily Pereira da Silva Rosa, Marcus Vinícius Oliveira Barros de Alencar, Antonio Luiz Gomes Júnior, Adailson Almeida Araruna Júnior, Márcia Fernanda Correia Jardim Paz, Ana Amélia de Carvalho Melo Cavalcante

Resumo


No Brasil, cerca de oitenta milhões de pessoas praticam a automedicação. Dentre os fármacos mais utilizados estão a dipirona cujo uso está associado a discrasias sanguíneas e o paracetamol, que apresenta potencial hepatotóxico. Devido ao risco do uso indiscriminado, é necessária a aplicação de testes laboratoriais que possam acessar os possíveis danos relacionados a estes medicamentos. Neste sentido, o presente estudo avaliou a toxicidade, citotoxicidade, mutagenicidade e genotoxicidade da dipirona e do paracetamol através dos ensaios Allium cepa, Cometa e Letalidade com Artemia salina. A concentração letal 50% obtida pela dipirona foi de 962,98 e 186,65 µg/mL; e pelo paracetamol, 298,34 e de 172,42 µg/mL após 24 e 48 horas de exposição, respectivamente.  Obteve-se uma diminuição do índice mitótico nas concentrações de 250 e 500µg/mL de dipirona e em todas as concentrações de paracetamol. Associado a isso, observou-se aumento de aberrações cromossômicas na concentração 125 µg/mL de dipirona e 125 e 250 µg/mL de paracetamol. Em relação à frequência de danos, houve um aumento do dano nas concentrações 250 e 500 µg/mL para a dipirona e 500 µg/mL para o paracetamol. Para os índices de danos, ocorreu aumento em todas as concentrações de dipirona e paracetamol. Diante do exposto, os resultados sugerem que esses dois fármacos apresentaram indícios de toxicidade, citotoxicidade, mutagenicidade e genotoxicidade.


Palavras-chave


Dipirona; Artemia salina; Toxicidade; Allium cepa; Ensaio Cometa.

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.