Aplicações da nanotecnologia em doenças do foro neurológico: vantagens e desafios

Resumo

A incidência e prevalência das doenças neurológicas têm vindo a aumentar com a esperança média de vida. No entanto, desenvolver estratégias terapêuticas para entrega de fármacos no Sistema Nervoso Central (SNC) tem sido um constante desafio devido à baixa permeabilidade da Barreira Hematoencefálica (BHE). Neste sentido, a nanotecnologia têm-se tornado promissora na medida em que tem vindo a possibilitar o desenvolvimento de partículas à escala nanométrica que, devido ao seu tamanho reduzido, conseguem interagir com os sistemas biológicos a um nível molecular. As micelas e as nanopartículas poliméricas, os lipossomas e os dendrímeros são alguns desses nanovetores que têm ganho relevância na área da neurociência como possíveis Drug Delivery Systems (DDS). Contudo a modificação das suas estruturas torna-se essencial não só para aumentar a estabilidade e o seu tempo de circulação na corrente sanguínea, como também para adquirirem especificidade de ação e promoverem um direcionamento para o tecido patológico alvo.