DIAGNÓSTICO DE FADIGA CRÔNICA EM POPULAÇÃO COBERTA PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NA CIDADE DE TERESINA - PIAUÍ/ Diagnosis of chronic fatigue in a population covered by the Family Health Strategy in the city of Teresina - Piauí

Cláudia Maria da Silva Vieira; Gabriela de Sousa Silva Rios de Sousa Silva Rios; Débora Thaís Sampaio da Silva; Gilvo de Farias Júnior; Eliana M. Lacerda Mattos Lacerda; Luis Nacul; Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araújo

doi:10.26694/jibi.v5i1.10377

DIAGNÓSTICO DE FADIGA CRÔNICA EM POPULAÇÃO COBERTA PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NA CIDADE DE TERESINA - PIAUÍ/ Diagnosis of chronic fatigue in a population covered by the Family Health Strategy in the city of Teresina - Piauí

Cláudia Maria da Silva Vieira, Gabriela de Sousa Silva Rios de Sousa Silva Rios, Débora Thaís Sampaio da Silva, Gilvo de Farias Júnior, Eliana M. Lacerda Mattos Lacerda, Luis Nacul, Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araújo

Resumo

Introdução: A Fadiga Crônica é uma condição clínica que reduz a qualidade de vida dos sujeitos portadores da doença em detrimento de queixas físicas, cognitivas e sociais sem justificativa orgânica. Objetivo: Objetivou-se avaliar a prevalência de fadiga crônica segundo o sexo em adultos que residem em área coberta pela Estratégia Saúde da Família em Teresina-Piauí. Métodos: Pesquisa transversal realizada com amostra 6.595 adultos de ambos os sexos com idade entre 18 e 65 anos em Teresina. O diagnóstico da fadiga crônica foi efetuado por meio de um instrumento validado. Para identificação dos dados sociodemográficos, um segundo questionário foi elaborado pelos autores. Resultados: A prevalência de fadiga crônica foi de 1,57% na população pesquisada. Maior prevalência foi observada no sexo feminino 69,3% em comparação com o sexo masculino 32,7% (p=0,001). Conclusão: Houve prevalência de fadiga crônica em ambos os sexos na população coberta pela ESF no município de Teresina, porém, mais elevada entre as mulheres.

Palavras-chave

Diagnóstico; Fadiga; Atenção Básica; Estratégia Saúde da Família.

Texto completo:

PDF

Referências

BAKKEN, I.J.; TVEITO, K.; GUNNES, N.; GHADERI, S. STOLTENBERG, C.; TROGSTAD, L. et al. Two age peaks in the incidence of chronic fatigue syndrome/myalgic encephalomyelitis: a population-based registry study from Norway 2008–2012. BMC Medicine, 2014.

BRASIL, Conselho Nacional de Saúde, Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012.

CHARLES, S.; ABHIJIT, C. ME/CFS/PVFS: an exploration of the key clinical issues (10th edition), Peterborough, UK, MEA and Print Solutions, 2018.

CHO, H.J.; MENEZES, P.R.; HOTOPF, M.; BHUGRA, D.; WESSELY, S. Comparative epidemiology of chronic fatigue syndrome in Brazilian and British primary care: prevalence and recognition. The British Journal of Psychiatry, v. 194, p. 117–122, 2009.

FUKUDA, K.; STRAUS, S.E.; HICKIE, I.; SHARPE, M.C.; DOBBINS, J.G.; KOMAROFF, A. The chronic fatigue syndrome: a comprehensive approach to its definition and study. International Chronic Fatigue Syndrome Study Group. Ann Intern Med., v.121, n.12, p. 953-959, 1994.

HIBE, J. Method’s Statistical Model Estimation. Chapman & Hall/CRC Press, Boca Rato. 2013; ISBN 978-1-4398-5802-8.

JOHNSTON, S.; BRENU, E.W.; STAINES, D.; MARSHALL-GRADISNIK, S. The prevalence of chronic fatigue syndrome/ myalgic encephalomyelitis: a meta-analysis. Clinical Epidemiology, v. 5, 2013.

JOHNSTON, S.; BRENU, E.W.; STAINES, D.; MARSHALL-GRADISNIK S. Epidemiological characteristics of chronic fatigue syndrome/myalgic encephalomyelitis in Australian patients. Clinical Epidemiology, v. 8: 97-107, 2016.

KINGDON, C.C.; BOWMAN. E.W.; CURRAN, H.; NACUL, L.C.; LACERDA, E.M. Functional Status and Well-Being in People with Myalgic Encephalomyelitis/Chronic Fatigue Syndrome Compared with People with Multiple Sclerosis and Healthy Controls. Pharmaco Economics Open, v. 2, p.381–392, 2018.

LACERDA, E.M.; McDERMOTT, C.; KINGDON, C.C.; BUTTERWORTH, J.; CLIFF, J.M.; NACUL, L. Hope, disappointment and perseverance: Reflections of people with Myalgic encephalomyelitis/Chronic Fatigue Syndrome (ME/CFS) and Multiple Sclerosis participating in biomedical research. A qualitative focus group study. Health Expectations, v.1, n. 12, 2018.

NACUL, L.C.; LACERDA, E.M.; PHEBY, D.; CAMPION, P.; MOLOKHIA, M.; FAYYAZ, S. et al. Prevalence of myalgic encephalomyelitis/chronic fatigue syndrome (ME/CFS) in three regions of England: a repeated cross-sectional study in primary care. BMC Medicine, v. 9, n. 91, 2011.

PEREIRA, M.G. Epidemiologia teoria e prática. Ed. Guanabara Koogan, 2001.

REEVES, W.C. Prevalence of chronic fatigue syndrome in metropolitan, urban, and rural Georgia. Population Health Metrics, v. 5, n.5, 2007.

ROBERTS, E.; WESSELY, S.; CHALDER, T.; CHANG, C-K.; HOTOPF, M. Mortality of people with chronic fatigue syndrome: a retrospective cohort study in England and Wales from the South London and Maudsley NHS Foundation Trust Biomedical Research Centre (SLaM BRC) Clinical Record Interactive Search (CRIS) Register. www.thelancet.com, v. 387, n.16, 2016.

STATISTICAL PACKAGE FOR THE SOCIAL SCIENCES (SPSS), 2014, version 21.2; 2014.

VINCENT, A.; BRIMMER, D.J.; WHIPPLE, M.O.; JONES, J.F.; BONEVA, R.; LAHR, B.D. et al. Prevalence, Incidence, and Classification of Chronic Fatigue Syndrome in Olmsted County, Minnesota, as Estimated Using the Rochester Epidemiology Project. Mayo Clinic Proceedings, v. 87, n. 12, p. 1145-1152, 2012.

WORLD MEDICAL ASSOCIATION. 2008; Declaration of Helsinki.

YANCEY, J.R.; THOMAS, S.M. Chronic Fatigue Syndrome: Diagnosis and Treatment. American Family Physician, v. 86, n. 8, 2012.

ZORZANELLI, R.T. A síndrome da fadiga crônica: apresentação e controvérsias. Revista Psicologia em Estudo, v.15, n. 1, p. 65-71, Maringá, 2010.

DOI: https://doi.org/10.26694/jibi.v5i1.10377