Projeto Emancipatório Moderno: Construção, Desconstrução e Reconstrução

Vicente Zatti

Resumo


O projeto emancipatório moderno estabelece uma concepção otimista de desenvolvimento científico e social. Os filósofos Immanuel Kant e Karl Marx, de modo distinto, levam ao ápice tal projeto emancipatório, o primeiro, ancorado numa concepção de sujeito transcendental capaz de estabelecer verdade e validade universal, o segundo, ancorado na categoria de trabalho desenvolvida em sua doutrina do materialismo histórico. A partir do século XIX, filósofos como Nietzsche, Heidegger e Adorno/Horkheimer põem sob suspeita tal projeto ao demonstrar seus fundamentos não metafísicos. Tais críticas expurgam as pretensões totalitárias do projeto emancipatório moderno, e nos remetem à sua revisão. O filósofo alemão Jurgen Habermas, considerando as críticas elaboradas pelos filósofos da suspeita, vai buscar reconstruir o projeto emancipatório moderno a partir de bases pós-metafísicas. A raiz de tal reconstrução está em Trabalho e Interação. Notas sobre a filosofia do espírito de Hegel em Jena, na qual Habermas promove o confronto da filosofia hegeliana com o pensamento de Kant e Marx, possibilitando a revisão destes. Nessa revisão Habermas desenvolve os conceitos de trabalho e interação, que ao mesmo tempo fundamentam sua crítica à tecnocracia e lançam os pilares para a posterior elaboração da Teoria da Ação Comunicativa.

 


Palavras-chave


1. Modernidade; 2. Emancipação; 3. Técnica e Ciência; 4. Desconstrução; 5. Reconstrução.

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DOI: https://doi.org/10.26694/pensando.v6i11.3245

DOI (PDF): https://doi.org/10.26694/pensando.v6i11.3245.g2242

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