Jornalismo outro, memória outra?: Agência Pública e o especial “Ditadura: 60 anos”

Frederico de Mello Brandão Tavares, Mozahir Salomão Bruck

Resumo


Vistos no plural, jornalismos e memórias evocam uma multiplicidade de experiências, bem como um ambiente de perene instabilidade temporal, de interesses e identidades. Nesse contexto, ao assumir uma baliza tensionadora para pensar a relação entre jornalismo e memória, este artigo problematiza sobre uma “outra” memória que habita(ria) produções jornalísticas ditas “não hegemônicas”, refletindo, em específico, sobre as textualidades presentes na leitura realizada pelo especial “Ditadura: 60 anos” acerca da última ditadura civil-militar brasileira, lançado pela agência de jornalismo Pública em abril de 2024. Para tanto, realizou-se uma análise conteudística das textualidades das reportagens, guiada pelas perguntas sobre qual memória é construída pelo conjunto de materiais do dossiê e, por meio do conjunto de materiais do especial, que sentidos são agregados à memória (e pela memória) desse triste período da história política nacional. Baseia-se, para tal, em operadores conceituais a partir de autores como Assmann (2011), Ricouer (1994), Halbwachs (1990), Jelin (2002), no âmbito da memória, além de Barbosa (2005), Becker (2009) e Amaral e Viana (2022) acerca dos estudos de jornalismo.


Palavras-chave


jornalismo; memória; ditadura civil-militar brasileira; Agência Pública; textualidades.

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DOI: https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.131202414587

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