O trote estudantil em Pernambuco no contexto do regime autoritário (1960-1965)

Andréa Cristiana Santos, Anaelson Leandro Souza

Resumo


O trote estudantil é conhecido como um ritual festivo nas universidades brasileiras, mas, no século XX, teve uma fase contestatória, de confronto ao poder político. Esse momento precisa ser compreendido pelos enlaces da história da mídia, pois o fenômeno tem significados que dialogam com temporalidades distintas e atos memoráveis. Este artigo analisa reportagens e textos de articulistas do Diário de Pernambuco a respeito dos trotes estudantis ocorridos em Recife no contexto das práticas de autoritarismo que antecederam o regime civil-militar, instaurado em 31 de março de 1964. Utiliza-se de pesquisa qualitativa e documental com a coleta de dados no jornal, no período de 1960 a 1965. Verifica-se que a repressão aos trotes estudantis decorreu de um pensamento conservador que não tolerava mais as mensagens humorísticas dos trotes, cabendo ao Exército a repreensão e censura prévia à liberdade de pensamento e de expressão dos estudantes.


Palavras-chave


trote estudantil; ditadura civil-militar; memória; história da mídia

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DOI: https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.132202414600

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