A QUESTÃO DA SUBALTERNIDADE E A REIVINDICAÇÃO DE NARRAR O MUNDO
Resumo
O Debate decolonial e pós colonial ganha visibilidade na academia ao atrair olhares para uma episteme contemporânea que questiona sobre os intelectuais trabalhados no âmbito dessa, bem como a versão da história hegemônica. O objetivo de autores como Spivak (2010) e Mbembe (2001) é discutir a capacidade do subalterno de se representar, e, para isso, propõem transportar-se a condução do debate pertinente à subjetividade feminina contemporânea e da identidade negra, para além da questão epistemológica e da dominância do “fazer-se conhecimento” e conhecimento dominante. A partir de uma metodologia teórica e de pesquisa bibliográfica, considero, ao fim, que é preciso produzir uma epistemologia historiográfica aliada a uma etnografia compreensiva dos sujeitos. Não é falar por elas, mas a partir da fala delas.
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