Entre jornais e leis: Juca Breves, um curandeiro no debate sobre liberdade profissional no período republicano (1891-1896)

Jefferson Nascimento Albino

Resumo


Este artigo tem o objeto de analisar os argumentos políticos acerca da liberdade profissional que apresentavam as terapias populares como enfoque da discussão no período republicano (1891-1896). Conflitamos tais debates com a experiência de um curandeiro em específico, José Francisco Pinto Breves, que é relatado em diferentes periódicos que circulavam no Estado do Rio de Janeiro, pois interessa-nos analisar os impactos do debate na busca pela formação de uma nação republicana enviesada nos trilhos da modernidade e progresso científico, pensamentos que permearam a mentalidade político e intelectual do século XIX. Assim, pretendemos meditar sobre ferramentas teórico-metodológicas que nortearam a analise aqui proposta, como forma de reflexão sobre a produção do conhecimento histórico em torno das terapias populares. Pela micro-história e por uma história social das instituições republicanas que destaque os deputados que debatiam sobre o tema, busco indicar que as práticas de curandeiros, como no caso de Breves, eram presentes no imaginário popular, embora o discurso científico fosse o norteador da República, não era interpretada de forma consensual entre os atores políticos e intelectuais.

Palavras-Chave: Terapias Populares; Primeira República; Juca Breves; Leis; Periódicos.


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