CAMPESINATO NO PÓS-ABOLIÇÃO DO PIAUÍ: MIGRANTES DA SECA, POPULAÇÕES NEGRAS E INDÍGENAS (1888-1940)
Resumo
Em busca de compreender o corpo populacional do campo do Piauí no pós-abolição, o presente trabalho congregou os mais diversos dados para explorar os impactos do fim da escravidão na população negra piauiense. Sob os aspectos de trabalho e disciplina no recorte geográfico estipulado, a pesquisa se propôs a entender os complexos processos econômicos, políticos e sociais que se moldaram às demandas do fim da escravidão, dimensionar os mundos do trabalho da população piauiense, tendo em foco a população negra, e trazer uma nova nomenclatura ao grupo analisado pela pesquisa, o campesinato. Enquanto maior incidência nas fontes angariadas pela pesquisa (Rol de Culpados do Piauí, o Livro de Indicações de Detidos da Cidade de Teresina e o Recenseamento de 1940), o campesinato se mostrou de extrema relevância à escrutinação de sua incidência no pós-abolição, como também sua formação, anterior a qualquer política republicana. Coligando as perspectivas de trabalho do campesinato piauiense às perspectivas de pedagogia ao trabalho do Estado, nos deparamos com o que parece ser um movimento de imobilismo social na terra, direcionados às populações campesinas, como também uma diversidade racial muito mais plural das populações que compõem o trabalho agrícola no Piauí.
Palavras-chave: Trabalho e disciplina; Pós-abolição; Piauí; Campesinato
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