CLIMA E FATORES SOCIOAMBIENTAIS NA CONFIGURAÇÃO ESPACIAL DA LEPTOSPIROSE EM ARACAJU/SE
Resumo
A leptospirose é uma das doenças de veiculação hídrica com incidência associada a precipitação e na qual as populações de menor poder aquisitivo apresentam maior vulnerabilidade pela exposição a fatores de riscos em áreas precárias. Nesse aspecto, a pesquisa visa estabelecer relações entre a ocorrência de casos de leptospirose no espaço urbano de Aracaju com as variações pluviométricas sazonais e os fatores socioambientais intervenientes no período 2010/2019. Para cumprimento dos objetivos delineados, utilizou-se técnicas estatísticas no tratamento dos dados pluviométricos e da enfermidade relativos ao marco temporal delimitado. Além disso, buscou-se apoio na cartografia digital para espacialização das zonas de risco da leptospirose em Aracaju a partir da seleção de indicadores socioambientais apontados cientificamente como influentes na perpetuação da patologia. Dentre outros resultados, observou-se aumento do número de casos no período outono/inverno, nos meses de abril, junho e julho, considerados os mais chuvosos, sobretudo pela propagação da Frente Polar Atlântica que exerce ação direta na costa litorânea do município. Embora a influência climatológica tenha se mostrado perceptível, o fator socioeconômico nas três zonas de risco classificadas, demonstrou ser um dos mais preponderantes na configuração espacial da doença. Assim, o investimento em infraestrutura sanitária, controle de roedores e frequentes mapeamentos de áreas inundáveis como prioritárias, são ações viáveis e políticas públicas imprescindíveis para mitigarem e/ou até mesmo eliminarem os agravos da leptospirose no perímetro urbano de Aracaju.
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PDFDOI: https://doi.org/10.26694/equador.v10i01.12745
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Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGEO), do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), da Universidade Federal do Piauí (UFPI)
ISSN 2317-3491
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Qualis/CAPES A2