Considerações sobre a farmacogenética da diabetes mellitus tipo 2 como subsídio para a P&D de medicamentos
Resumo
Farmacogenética estuda a influência das variantes genéticas nas respostas terapêuticas individuais. Embora essa ciência esteja sendo amplamente utilizada para as mais variadas doenças, ainda permanece relativamente sub-explorada na área de diabetes mellitus (DM). Para a maioria dos pacientes com DM tipo 2, os hipoglicemiantes orais são a primeira linha de tratamento medicamentoso após falha nas medidas de mudança no estilo de vida. Os secretagogos de insulina são os principais grupos de fármacos antidiabéticos utilizados na prática clínica, no entanto possuem a desvantagem da imprevisibilidade de eficácia. Esta revisão explora as implicações clínicas da complexa interação entre doenças multigênicas e o tratamento farmacológico, utilizando como modelo o DM tipo 2. As terapias atuais são um resultado direto da compreensão das bases epidemiológicas, moleculares, e genéticas do diabetes, aliadas às aplicações na prática clínica e na pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos. A complexidade das doenças multigenéticas assim como a potencial aplicação clínica da farmacogenética exigirá, em um futuro próximo, a melhoria dos métodos de avaliação de medicamentos, incluindo a necessidade de novos métodos estatísticos, bioinformática e novos modelos de triagem clínica, com capacidade de detectar diferenças nas terapias. Deve haver um esforço continuo para aplicar o conhecimento adquirido com estudos farmacogenéticos no entendimento da doença e da farmacologia, a fim de desenvolver novas idéias e conceitos que melhorem o tratamento e a qualidade de vida do paciente.
Palavras-chave
Produção de Medicamentos
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