O EROTISMO NO OSSO DA LINGUAGEM: LEITURA SEMIÓTICA DO POEMA AS FRUTAS DE PERNAMBUCO, DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO

Renan Luis Salermo, Cassia Vanessa Batalha

Resumo


João Cabral de Melo Neto é reconhecidamente o poeta engenheiro (SECCHIN, 1999), o mais cerebral dos artistas brasileiros (BOSI, 1987). Mas como o poeta do racionalismo pleno arquiteta o imaginário erótico nos limites objetivistas tipicamente marcados em sua escrita? Com o intuito de respondermos parcialmente a questão, analisamos o poema As frutas de Pernambuco, presentes na obra Antologia Poética (1969). Como respaldo teórico e metodológico, utilizamos os instrumentais da semiótica de linha francesa, mais especificamente os temas e figuras dispostos no nível superficial, de maior concretude e superficialidade textual junto dos elementos da expressão do poema, a fim de notar o erotismo na aspereza linguística singular do poeta. Por fim, a leitura semiótica do erotismo cabralino alinhou o encaminhamento isotópico do poema, atentando para a ordenação da aparição e sequência do envolvimento sensual do eu-lírico extasiado pela fêmea fruta.

 


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