Prevalência das zoonoses parasitárias e a sua relação com as aves silvestres no nordeste do Brasil
Resumo
Os animais silvestres são considerados potenciais hospedeiros e reservatórios de doenças parasitárias e as aves silvestres, tanto em vida livre como em cativeiro, podem ser reservatórios e portadores de doenças aos seres humanos. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi investigar a prevalência das Zoonoses Parasitárias e a sua relação com as Aves Silvestres no Nordeste do Brasil, no período de 2000 a 2017, através de uma pesquisa bibliográfica por produções científicas em bancos de dados on-line do Google Scholar, do Scientific Electronic Library Online (Scielo) e no PubMed. Foram utilizadas as palavras-chave: Zoonoses Parasitárias (Parasitic zoonoses), Aves Silvestres (Wild birds), Nordeste do Brasil (Northeast Brazil). Nos 11 periódicos encontrados foram verificados a maior presença de ovos de Capillaria sp. (17%), seguida de ovos de Ascaridia sp., Heterakis sp., Strongyloides sp., superfamília Strongyloidae, Spiruroidea, cistos de Entamoeba coli e trofozoítos de Plasmodiumsp. com 7% cada. Com relação às famílias, a mais prevalente é a Cracidae, da ordem Galliformes (31%), seguida da família Psittacidae, pertencente à ordem Psittaciformes (28%). Os parasitos foram obtidos das amostras fecais, amostras sanguíneas e por meio de necropsia das aves. A captura das aves ocorreu através dos Centros de Triagem de Animais Silvestres / Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, cativeiros, parques e sítios, indicando os maus tratos, higiene e alimentação inadequada. Conclui-se que várias espécies de aves silvestres da Região Nordeste Brasileira encontravam-se com alguma parasitose e que predominam em ambiente de cativeiro, onde as condições de alimentação e higiene são inadequadas. Além disso, pode haver a transmissão dessas doenças aos humanos, devido a cultura brasileira em criar esses animais nas residências.
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DOI: https://doi.org/10.26694/jibi.v3i2.6915
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