ESCOLA SEM PARTIDO: A QUE E A QUEM SERVE A EDUCAÇÃO?
Resumo
A escola pode ser neutra, apática, acultural, desprovida de opinião, descolada da realidade, distante da sociedade, desinteressada ideologicamente. Será isso possível? Considerando que a escola está no mundo e é no mundo que ela se faz, a proposta do Movimento Escola sem Partido não se sustenta, pois a neutralidade crítica leva a sociedade à alienação, à opressão, à submissão e à exploração por parte daqueles que exercem a dominação e o desejo de manutenção de um status a partir de proposições como essas. O presente artigo objetiva apresentar o Movimento Escola sem Partido, analisando seus pressupostos e possíveis reflexos para a educação brasileira, a partir de sua relação mediante um olhar enviesado sob a luz da corrente positivista. Discute as premissas do Movimento e a possibilidade de sua implantação diante da complexidade das relações sociais na qual a escola está inserida. Procura apresentar a visão do Movimento, tendo como referência o material disponível no site do próprio Movimento, contrapondo com concepções pedagógicas contemporâneas e estudos recentes de pesquisadores do campo da educação. Problematiza a criminalização do livre exercício da docência. Discute o papel mediador do professor, da família e da escola nos processos educativos em contraposição à ideia do Movimento. Traz o debate sobre educar e instruir nos processos educativos na perspectiva freiriana, em que o ato de ensinar está intimamente ligado ao processo de libertação intelectual do sujeito. Libertação essa que só é alcançada a partir da criticidade e da possibilidade de escolha diante da realidade em que se vive.
Palavras-chave: Escola sem Partido. Criminalização do trabalho docente. Meu filho minhas regras. Positivismo.
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PDFDOI: https://doi.org/10.26694/les.v0i39.7975
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