Metáforas, Redescrições e o processo contínuo de construção de novas subjetividades no neopragmatismo de Rorty

Heraldo Aparecido Silva

Resumo


A proposta deste trabalho é mostrar alguns aspectos da contribuição da metáfora para a construção de novas subjetividades mediante a modificação das redes de crenças e desejos humanos na perspectiva do filósofo Richard Rorty. O aporte teórico baseia-se na produção de autores como: Rorty (1991; 1995; 1994; 1996; 1998a; 1998b), Davidson (2001; 2005) e Calder (2006), dentre outros. Rorty sustenta que é a partir da modificação das práticas linguísticas e de outras práticas sociais que novas subjetividades, isto é, novos tipos de seres humanos são produzidos. Nesse processo, somente uma redescrição pode configurar um resposta à outra redescrição, isto porque não existe nenhuma instância a-histórica, universal e absoluta que sirva de ponto neutro para julgar todas as culturas, que no seu entender são vocabulários corporificados. Finalmente, procuramos demonstrar que para Rorty, as compreensões de Freud e Davidson sobre a metáfora permitem novas possibilidades para o uso da linguagem, no sentido de criar novos vocabulários ou práticas linguísticas que contribuem na construção de subjetividades alternativas, provisórias e redescritas.

Palavras-chave


Metáforas. Redescrições. Subjetividades. Progresso Moral. Neopragmatismo.

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Referências


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DOI: https://doi.org/10.26694/pensando.v10i20.8489

DOI (PDF): https://doi.org/10.26694/pensando.v10i20.8489.g5693

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